domingo, 17 de maio de 2009

A Situação da Metrologia em Pequenas Empresas

As pequenas empresas ou empresas de pequeno porte na maioria dos casos têm uma visão um pouco “distorcida” sobre metrologia. Na verdade tratam a metrologia como a qualidade, ou seja, um mal necessário que são cobrados por auditores. Sendo assim, a inexistência de uma política de qualidade efetivamente atuante tem efeito sobre o status da metrologia. Não se atribui relevância à qualidade da informação, porque esta não é usada para melhorar os produtos e processos e gerar prosperidade. Os investimentos em metrologia são limitados ao máximo, isso porque os gerentes que deveriam autorizá-los pensam que a melhoria das medições não necessariamente melhora os negócios. Dadas as habituais limitações no orçamento, preferem investir em equipamentos de fabricação, deixando os investimentos em metrologia para “melhores tempos”, que dificilmente chegam.

Assim, as melhorias na metrologia são puxadas pelos requisitos formais do sistema da qualidade ou pela pressão dos clientes. Calibrações periódicas são realizadas e, em alguns casos, aplicam-se estudos estatísticos como os previstos no MSA. Entre calibrações, os sistemas de medição são regulados pelos metrologistas ou pelos próprios operadores, sem critérios consistentes que permitam evitar o sobre-ajuste. Os certificados de calibração e relatórios de estudos estatísticos são arquivados para fins de auditoria, mas não se produz a desejada reflexão sobre os resultados.

Como podemos melhorar esta visão? Minha opinião particular é que os tempos estão mudando e evoluímos muito, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Cabe ressaltar que esta situação não acontece apenas em empresas pequenas e médias - tem muita empresa de grande porte nesta situação.

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